sábado, 23 de março de 2013

Sucessão pastoral, litígio e sucessão papal - Que inveja!


Papas Francisco I e Bento XVI
Os noticiários informam sobre a visita do Papa Francisco I ao seu antecessor Bento XVI no dia de ontem, dando assim uma visão clara de uma transição pacífica ou no mínimo educada, cordial e fraterna entre os dois pontífices da Igreja Católica.

Sei de antemão que serei criticado pela comparação, mas não seria o caso de aproveitarmos o ensejo para uma reflexão mais profunda sôbre o clima de transição entre nossos líderes evangélicos?

Antes que pensem que estou me referindo diretamente ao órgão maior da ordem convencional que pertenço, ou qualquer outra convenção, quero deixar claro que me refiro aqui mais diretamente às próprias sucessões pastorais nas congregações, igrejas e ministérios, independente de que porte sejam e, nesse sentido, as questões convencionais são apenas sequênciais.

Com um pouquinho de experiência nessas situações, digo de sucessão pastoral, tenho que admitir que é bem difícil isso acontecer, ou seja, essa "ainda que aparente" tranquilidade. Para ser mais claro ainda, é raridade um clima assim tão amistoso. Isso só acontece quando a sucessão é programada e preparada, recaindo a responsabilidade do novo pastor ser um dos assessores do antigo e ou alguém da familia. Caso contrário, sempre tem alguém descontente, reclamando, resmungando, mudando de Igreja e ministério, familiares se desviando, esbravejando, ameaçando processos na justiça e coisas semelhantes, e até desconfiança do processo eleitoral quando existe.

Mesmo no caso de congregações e ou setores, cujos ocupantes da cadeira são nomeados pelo líder maior da igreja, ministério e ou denominação, o que sai propala por todos os cantos que deixou a melhor igreja possível, e o que chega diz que encontrou a coisa séria, ou na melhor das hipóteses de que, "não era bem assim como o outro dizia", ou no mínimo um "clima frio e de indiferença" entre sucessor e antecessor.

Quando se trata então de Pastores presidentes, ai é que a coisa pega, geralmente o descontentamento abala todo o segundo escalão de assessores eclesiásticos, familiares e simpatizantes, os quais não se conformam com as mudanças e se tornam uma espécie de "viuvas descontentes".

No afã de procurarmos fazer justiça, temos que admitir também que, em algumas situações o clima é realmente provocado por quem chega, uma espécie de reprodução da velha história: "aos amigos, tudo; aos inimigos, o rigor da lei". É a politização do sagrado. Há casos de Pastores de Honra e ou Emérito, como queiram, os quais não podendo mais congregar regularmente, são esquecidos até na hora da ceia, ou quando muito mandam um desconhecido diácono levar a ceia ao antigo pastor. Se a banda toca por aí, imaginem em outros quesitos mais internos, como sustento e ajudas de manutenção.

Exatamente por esses e outros motivos similares, a ganância pela obtenção e manutenção do poder é tanta, que tenho acompanhado casos de gente que já perdeu totalmente a condição física, mas não deixam o cargo e a Igreja sofre.

Há casos escabrosos que o líder não tem mais autoridade espiritual e nem moral para estar à frente do rebanho, com pecado confessado e tudo, mas o sujeito insiste em ficar no púlpito, grudado na cadeira,  até mesmo com outro já eleito para o seu lugar, e só sai após as chaves do templo serem trocadas por decisão judicial, através de uma ação de reintegração de posse. Vergonhoso isso! - Não falo daquilo me disseram, mas de casos que tenho participado como moderador.

Conheço o caso de um jovem pastor escolhido legitimamente e democraticamente pela Igreja, mas que renunciou por não suportar a pressão psicológica do seu antecessor e familiares, por fim, infelizmente, saiu e abriu uma nova igreja na mesma cidade, com aqueles que o seguiram. Porventura, isso é bonito e elogiável entre nós?


Agora, só poque sou evangélico, nunca fui católico e não pretendo ser, e isso por convicção propria e baseado na doutrina bíblica, sou contra o papado e todas as demais heresias da Igreja Católica, vou dizer que está errada ou não é de fato "invejável" essa atitude entre os papas? Ora, se há quem diga que isso é hipocrisia, pelo menos estão sendo éticos e cordiais diante do rebanho e coerentes com a mensagem que pregam, e issoPARA NOSSA VERGONHA! Gente, já diz o adágio popular "não há como tapar o sol com peneira"



Bem, quanto as convenções, ah as convenções, para não dizerem que nada disse, ainda creio que são uma extensão da Igreja, e só estou nelas porque sou pastor, e só sou pastor porque sou crente, e já tem gente dizendo que lá é diferente, vale tudo, afinal convenção não é igreja...

Se convenção não é Igreja, o que que pastor tem que está fazendo lá e ainda gastando dinheiro da Igreja para lá se manter? Liminar pra lá, medida cautelar pra cá, agravo de instrumento... Para quem serve I Coríntios 6: 1-11 - Esse povo é crente em que e em quem?

Meu Deus, onde vamos parar?

Já que é assim, então vou "datenizar": ME AJUDA AÍ Ô...,

E como comecei "catolicando", se é que me entendem: "vamos devagar com o andor que o santo é de barro"

A Bíblia diz:

Fomos chamados (ungidos e portanto separados) para sermos "Sal da Terra e Luz do Mundo" e ainda mais que "a nossa justiça deve exceder à dos fariseus", mais também diz que "os filhos das trevas são mais prudentes que os filhos da luz"

E também como está na moda: "Pronto, falei"

Que Deus tenha misericórdia de mim e de todos nós!

Pr. Carlos Roberto Silva -  Envergonhado com tudo isso, mas evangélico convicto, no melhor e mais original sentido da palavra!

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